Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/08/2014
Sensor óptico molecular
Um novo sensor em nanoescala amplifica a assinatura óptica de moléculas individuais até 100 bilhões de vezes.
Essa "assinatura óptica" refere-se à forma particular com que cada molécula reage à luz, o que dá informações precisas sobre sua composição.
"O sensor de moléculas ideal deve ser capaz de identificar qualquer molécula individual desconhecida sem qualquer informação prévia sobre a estrutura ou composição da molécula," explica a professora Naomi Halas, da Universidade Rice, nos Estados Unidos.
Com esse amplificador óptico, os pesquisadores agora conseguem detectar até moléculas pequenas, com apenas 20 átomos.
O sensor é formado por quatro minúsculos discos de ouro, e um laser é usado para reforçar os fótons reemitidos pela molécula, permitindo a detecção dos sinais muito fracos de uma molécula individual que mergulhe no espaço entre os discos.
Espectroscopia Raman
O sensor óptico molecular baseia-se no princípio da espectroscopia Raman, uma técnica idealizada nos anos 1930, mas que floresceu após o advento dos lasers, na década de 1960.
Com a chegada da nanotecnologia, contudo, está se tornando possível detectar substâncias em nível molecular.
Quando a luz atinge uma molécula, a maioria de seus fótons ricocheteia ou atravessa a molécula, mas uma pequena fração - menos de uma em um trilhão - é absorvida e reemitida em outro nível de energia, que difere do seu nível inicial.
Como têm outra cor, detectar e analisar esses fótons reemitidos dá informações precisas sobre os tipos de átomos em uma molécula, bem como a sua disposição estrutural na molécula.