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Mecânica

Revestimento plástico evita corrosão mesmo quando danificado

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/01/2009

Revestimento plástico evita corrosão mesmo quando danificado
Microesferas quebram-se quando o material é riscado, liberando o material necessário para que o conserto se processe sem necessidade de intervenção.
[Imagem: Advanced Materials]

Um risco na pintura de um carro novo é algo capaz de deixar irritado mesmo o mais desapegado dos consumidores. Fazer o risco desaparecer espontaneamente, quase num passe de mágica, poderia evitar toda essa irritação.

Mais do que isso, uma tecnologia assim poderia economizar milhões de reais todos os anos à indústria, onde a corrosão é o principal inimigo dos equipamentos e das ferramentas.

Revestimento anticorrosão

Pois é justamente isso o que fazem os novos revestimentos poliméricos que estão sendo desenvolvidos na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Os pesquisadores estão criando revestimentos plásticos que protegem os metais da exposição aos efeitos ambientais e que se autoconsertam quando danificados.

Os novos revestimentos anticorrosão poderão ser usados para proteger uma infinidade de peças metálicas que hoje são protegidas por tintas, vernizes e até mesmo por revestimentos emborrachados mais grossos.

Autoconserto

O segredo do efeito quase mágico dos novos revestimentos é a sua capacidade de autoconsertar-se, fechando qualquer risco ou arranhão que a peça venha a sofrer antes que o fenômeno da corrosão possa se instalar.

O revestimento é formado por microesferas com 0,1 mm de diâmetro cada uma. Algumas delas possuem um catalisador armazenado em seu interior. Outras carregam um agente de cura. Os dois tipos de esferas podem ser dispersos na tinta, verniz ou outro tipo de material que se deseja aplicar à superfície metálica.

"Encapsulando tanto o catalisador quanto o agente de cura, nós criamos um sistema duplo que pode ser adicionado a virtualmente qualquer material de revestimento líquido," explica Braun.

Metal em água salgada

Quando o revestimento é riscado ou arranhado, as cápsulas se quebram, liberando seus conteúdos. O catalisador e o agente de cura entram em contato e reparam a área danificada em questão de minutos ou horas, dependendo das condições ambientais.

Para testar o novo revestimento anticorrosão, os pesquisadores usaram uma lâmina para riscar placas de aço com e sem a cobertura. A seguir essas placas foram mergulhadas em uma solução salina.

As placas sem o revestimento mostraram sinais de corrosão 24 horas depois do início do teste. As placas com o novo revestimento polimérico não mostraram nenhuma evidência de corrosão até 120 horas depois de mergulhadas na água salgada.

Bibliografia:

Artigo: Self-Healing Polymer Coatings
Autores: Soo Hyoun Cho, Scott R. White, Paul V. Braun
Revista: Advanced Materials
Data: December 2008
Vol.: Articles online in advance of print
DOI: 10.1002/adma.200802008
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