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Rede BrasilDAT aumenta eficiência na detecção de raios do Brasil

Com informações da Agência Brasil - 13/10/2017

Rede BrasilDAT aumenta eficiência na detecção de raios do Brasil
O sistema é mais eficiente do que a detecção de raios por satélites artificiais.
[Imagem: Marcos Martinez Sanchez-ELAT/INPE]

BrasilDAT

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o total de raios no Brasil saltou de estimados 55 milhões em 2002, para quase 80 milhões no ano passado.

Mas não se trata de uma nenhuma catástrofe ou mudança climática: os números cresceram devido à implantação de uma nova metodologia de análise, a Rede BrasilDAT (Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas).

O sistema integra diferentes tecnologias de detecção de raios em superfície e permite uma identificação com maior precisão, dando mais eficácia para as situações de alerta.

Antes da implantação da nova rede, que começou em 2011, o número de raios era calculado com base nos dados de satélites, que apresentam restrições devido à amostragem temporal, uma vez que os satélites de observação da Terra, ao contrário daqueles usados em telecomunicações, não são geoestacionários, ou seja, não cobrem continuamente a mesma área da superfície do planeta. Além disso, a eficiência de detecção via satélite depende do tipo de tempestade, e os equipamentos não conseguem separar as descargas que atingem o solo e aquelas que ficam dentro das nuvens.

Com a rede BrasilDAT, todas essas deficiências de sensoriamento foram resolvidas.

"A nova rede BrasilDAT, além de detectar cerca de 99% das tempestades que ocorrem no país, tem uma base de dados de raios que permite esclarecer a causa da maior parte dos eventos associados aos raios. A rede também permite aperfeiçoar as ferramentas de alerta para a proteção de vidas, considerando que, no Brasil, em média, 300 pessoas são atingidas por raios a cada ano, das quais 100 morrem. O número, embora tenha reduzido nos últimos anos, ainda é muito alto comparado a países desenvolvidos," diz comunicado divulgado pelo INPE.

Raios no Brasil

A primeira rodada de dados revela que o Brasil teve, em média, nos últimos seis anos, 77,8 milhões de raios por ano. Com um índice de 44,32 raios por quilômetro quadrado ao ano, a cidade paraense de Santa Maria das Barreiras tem a maior densidade de raios do país.

O ano de 2012 foi o campeão em registros de raios em todo o período analisado, com um total de 94,3 milhões de descargas. Segundo o INPE, o fenômeno La Niña, que provocou o aumento da incidência de raios na região Norte do país, foi o responsável pelo recorde.

No ano seguinte, em 2013, foram detectados 92 milhões de raios; mais 62,9 milhões, em 2014; e 68,6 milhões em 2015, quando o El Niño aumentou a incidência de raios na Região Sul e em parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Segundo o levantamento, o estado do Tocantins tem a maior densidade de raios por quilômetro quadrado entre as unidades da Federação, com índice de 17,1 ao todo. Ele é seguido pelo Amazonas (15,8), Acre (15,8), Maranhão (13,3), Pará (12,4), por Rondônia (11,4), Mato Grosso (11,1), Roraima (7,9), Piauí (7,7) e São Paulo (5,2).

As estações que mais concentram as descargas de relâmpagos são o Verão (43%) e a Primavera (33%), que começou na última semana. Nesse período, a população deve estar alerta, pois nessa época é que se concentram 90% dos casos registrados ao longo do ano, por causa do choque de massas de ar com temperaturas diferentes.

O levantamento do Elat revela que o estado com maior densidade de raios é Tocantins, com 17,1 raios por quilômetro quadrado. Em seguida vêm Amazonas (15,8), Acre (15,8), Maranhão (13,3), Pará (12,4), Rondônia (11,4), Mato Grosso (11,1), Roraima (7,9), Piauí (7,7) e São Paulo (5,2).

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