Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/12/2017
Cores dos sabres de luz
Se você acha que sabres de luz são coisa apenas de ficção científica, está muito enganado - há pesquisas sérias envolvendo moléculas de luz, cristais de pura luz e, claro, sabres de luz.
Luke Willcocks - não é Skywalker -, um estudante da Universidade de Leicester, no Reino Unido, propôs-se a descobrir qual seria o comprimento de onda da luz - a cor - que daria maior energia a um sabre de luz - se e quando ele puder ser construído.
A resposta vai agradar aos aprendizes de Jedi porque calhou que a cor dos sabres de luz dos seus maiores inimigos, os Sith, parece ter a menor potência possível - os sabres de luz vermelhos têm a menor potência, enquanto os roxos prometem ser os mais poderosos.
Potência de um sabre de luz
A conclusão veio da análise que Willcocks fez de uma cena do episódio I de Guerra nas Estrelas - A Ameaça Fantasma. Na cena, o mestre Qui-Gon Jinn usa seu sabre de luz para abrir um buraco em uma porta de uma nave da Federação do Comércio.
Supondo que a porta era feita com o material "doonium", o mesmo usado na Estrela da Morte e em escudos de naves espaciais da saga, Luke - o aprendiz de cientista, não o aprendiz de Jedi - deduziu a temperatura inicial, o ponto de fusão, a temperatura final e a massa da porta metálica, concluindo que a potência de saída do sabre de luz verde de Qui-Gon Jinn deve ser de pelo menos 6,96 megawatts (MW) para fundir a porta no tempo mostrado no filme - apenas duas ordens de grandeza menos do que a potência de um gerador nuclear pequeno.
Conhecendo a força do sabre de luz verde, Luke então aplicou seus cálculos para outras cores, usando como base o comprimento de onda e a energia de cada cor, para calcular quanto tempo cada sabre de luz levaria para fundir a mesma porta.
Ele concluiu que os comprimentos de onda mais curtos resultariam em um sabre de luz mais poderoso, com os seguintes tempos para derreter a porta: vermelho (14 segundos), amarelo (12 s), verde (11 s), azul (9,6 s) e roxo (8,2 s).
Aprendiz de cientista
Os mestres do Luke aprendiz de cientista gostaram dos resultados.
"Uma parte importante de ser um cientista profissional, assim como muitas outras profissões, é a capacidade de estabelecer conexões entre a vasta quantidade de informações que os estudantes têm à sua disposição e ser capaz de utilizar os conhecimentos e as técnicas em que foram treinados anteriormente em um contexto novo ou inovador. O módulo do Jornal de Pesquisas Interdisciplinares [publicação revisada pelos pares aberta aos estudantes] modela esse processo e dá aos estudantes a oportunidade de praticar esse modo de pensar. A intenção deste módulo é permitir que os alunos experimentem como é estar na vanguarda da pesquisa científica," disse a professora Cheryl Hurkett, ela própria uma astrofísica especializada em explosões de raios gama.