Com informações do MCTI - 24/03/2014
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação já instalou 1.185 pluviômetros automáticos - de um total de quase 3,4 mil equipamentos adquiridos - em 13 estados do Brasil.
Os aparelhos transmitem dados sobre chuva onde existe risco de inundações, enxurradas ou deslizamentos de terra.
"Esse projeto, de dotar milhares de áreas de risco de uma medida muito precisa da chuva, é fundamental para a qualidade de um alerta de desastre natural", avalia o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre. "Antes, normalmente media-se a chuva em redes que observavam a precipitação e seus impactos na agricultura ou na geração de energia hidrelétrica, por exemplo, mas existiam raríssimos pluviômetros instalados em locais suscetíveis a deslizamentos e inundações abruptas".
A iniciativa ganhou corpo em dezembro de 2012, quando o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) adquiriu os primeiros 1.500 pluviômetros automáticos, cuja instalação nos municípios brasileiros deve terminar em abril. Um aditivo somou mais 375 unidades à compra original.
No final de 2013, o centro assinou um segundo contrato com as empresas fornecedoras para obtenção de outros 1.500 equipamentos.
Na opinião de Nobre, o país precisa chegar a 10 mil pluviômetros, "praticamente um por área de risco".
De acordo com a diretora do Cemaden, Regina Alvalá, 2,8 mil pluviômetros devem entrar em operação ainda em 2014. Antes do projeto, segundo ela, o centro recebia dados em tempo real de apenas 493 aparelhos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)
"Com esses mais de mil equipamentos já instalados, é como se o Brasil tivesse triplicado a rede de observação de chuvas", diz.
Dos 1.185 pluviômetros, 320 estão em São Paulo; 266 no Rio de Janeiro; 209 em Minas Gerais; 130 no Espírito Santo; e 81 em Santa Catarina. A lista também contempla Acre (duas unidades), Bahia (30), Ceará (56), Pernambuco (17), Piauí (3), Rio Grande do Norte (29), Rio Grande do Sul (40) e Rondônia (2).
Ao contrário dos pluviômetros semiautomáticos, os equipamentos automáticos têm operação totalmente remota, enviando dados por telefonia celular, sem necessidade de energia elétrica para funcionar.
Entidades interessadas em abrigar instrumentos podem preencher formulário disponível no site do projeto. Os aparelhos têm sido instalados em escolas, postos de saúde, torres, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, entre outros locais situados em áreas de risco.