Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/04/2013
Astronautas da NASA deverão visitar um asteroide na década de 2020.
Mas, e se a tecnologia para levá-los até lá não estiver pronta?
Não há problema - basta arrastar a rocha espacial e colocá-la em órbita ao redor da Lua, onde é muito mais fácil alcançá-la.
As duas alternativas agora já estão oficialmente no cronograma da agência espacial norte-americana.
A proposta para orçamento federal para 2014, anunciado pelo Presidente Barack Obama, inclui US$ 105 milhões para financiar o detalhamento dos projetos - o orçamento total da NASA é de US$17,7 bilhões.
O Site Inovação Tecnológica antecipou o projeto em reportagem publicada em Fevereiro deste ano:
Segundo o Instituto Keck de Estudos Espaciais, autor do projeto, a missão completa deverá custar US$2,65 bilhões para rebocar um asteroide de 500 toneladas.
"Estamos desenvolvendo a primeira missão já realizada para identificar, capturar e realocar um asteroide. Esta missão representa uma façanha tecnológica sem precedentes que irá conduzir a novas descobertas científicas, novas capacidades tecnológicas e ajudar a proteger o nosso planeta," disse o diretor da NASA, Charles Bolden.
"Esta missão [para capturar um] asteroide reúne o melhor da ciência, da tecnologia e dos esforços de exploração humanda da NASA para atingir a meta do presidente de enviar seres humanos a um asteroide em 2025. Vamos usar recursos existentes, como a cápsula Orion e o foguete SLS (Sistema de Lançamento Espacial), e desenvolver novas tecnologias, como a propulsão solar-elétrica e a comunicação a laser - todos componentes críticos da exploração do espaço profundo," concluiu.
Utilidades de um asteroide-mascote
A NASA deverá usar um foguete de propulsão iônica para "laçar" um pequeno asteroide, de cerca de 7 metros de diâmetro, e rebocá-lo para uma órbita lunar.
Os astronautas poderão então visitá-lo usando as naves espaciais Orion, da NASA, para extrair amostras e desenvolver tecnologias para pousar em um asteroide maior e iniciar a era da mineração espacial.
Outro objetivo de ter um asteroide-mascote, mantido em uma órbita bem definida ao redor da Lua, é estudar técnicas para desviar corpos celestes errantes que ameacem colidir com a Terra.
Como não há dinheiro para fazer tudo o que se gostaria, segundo Bolden, os EUA estão dando adeus aos pousos na Lua, pelo menos até meados deste século.
Segundo o executivo, os objetivos da NASA agora são asteroides e, eventualmente, Marte.
Bolden não descartou a ideia de uma Estação Espacial Lunar, que poderia ser útil para os dois objetivos.