Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/04/2015
Laser monocamada
Um laser feito com um material com apenas três átomos de espessura é a mais nova ferramenta disponível para colocar a luz dentro dos processadores.
Os chamados nanolasers estão entre os dispositivos mais pesquisados atualmente porque permitem miniaturizar os emissores de luz, levando-os a dimensões compatíveis com os demais componentes eletrônicos.
Já existem outros nanolasers, mas a maioria usa um material de amplificação da luz que é grosso demais ou que é incorporado na estrutura da cavidade que captura a luz. Isto tem dificultado o trabalho de integrá-los com os circuitos eletrônicos e computacionais.
Sanfeng Wu e seus colegas das universidades de Washington e Stanford optaram então por usar um dos materiais mais promissores da atualidade, o disseleneto de tungstênio (WSe2), uma estrutura monocamada com apenas três átomos de espessura.
Disseleneto de tungstênio
Este material é da mesma família da mais conhecida molibdenita. Na verdade, ambos pertencem a uma classe de materiais conhecida como MX2, onde M é um metal de transição (tungstênio ou molibdênio) e X é um calcogênio (enxofre, selênio ou telúrio).
"É um novo tipo de semicondutor descoberto recentemente que é muito fino e emite luz de forma eficiente," explica Wu. "Pesquisadores estão construindo transistores, LEDs e células solares com base nesse material por causa de suas propriedades. E, agora, fizemos um nanolaser."
O novo componente exige apenas 27 nanowatts para disparar seu feixe, sua fabricação é simples e ele pode ser integrado diretamente nas pastilhas de silício, o que deverá facilitar seus testes em circuitos práticos.
Usar fótons em vez de elétrons no interior dos chips é a maior esperança para que os computadores possam voltar a aumentar de velocidade.