Com informações da Agência Brasil - 20/08/2014
Foi inaugurado no Rio de Janeiro o mais moderno laboratório de pedras preciosas da América do Sul.
O Laboratório de Pesquisas Gemológicas (Lapege) é associado ao Centro de Tecnologia Mineral (Cetem).
O objetivo do laboratório é fomentar o desenvolvimento do setor brasileiro de gemas, joias e bijuterias.
"A nossa competência aqui é mais voltada para a parte de identificação e caracterização de pedras preciosas, mas também metais preciosos", explicou o pesquisador Jurgen Schnellrath.
O Lapege está equipado para comprovar se uma pedra tem, de fato, origem natural ou se é uma imitação sintética, como muitas que são encontradas no mercado. "Isso parece ser muito fácil, mas nem sempre é," disse Schnellrath.
Ele exemplifica com o caso de um diamante colorido, que pode valer mais de US$ 1 milhão o quilate - 1 quilate equivale a 0,2 grama.
Por isso, vale a pena "falsificar" uma pedra incolor, geralmente por irradiação.
Até agora, os interessados em comprovar a autenticidade de uma pedra tinham que enviar o material para os Estados Unidos e aguardavam meses por uma certificação. "Hoje, nós passamos a ter um laboratório no país capaz de dar essas respostas em menor tempo e sem ter que enviar para tão longe," disse Schnellrath.
De acordo com dados do IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), o setor brasileiro de gemas e joias gera 350 mil empregos diretos e registrou, em 2012, faturamento de R$ 7,5 bilhões. Cerca de 96% da cadeia produtiva é formada por pequenas empresas.