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Eletrônica

Implante recupera audição por meio de vibrações no crânio

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/05/2008

Implante recupera audição por meio de vibrações no crânio

[Imagem: Protótipo do novo implante que faz o crânio vibrar.]

Muitas pessoas perdem a audição de apenas um ouvido, por condições congênitas, tumores, infecções crônicas e acidentes. Essa perda parcial de audição traz grandes complicações para o dia-a-dia, impedindo que um motorista ouça o que o passageiro está falando ou o som do carro que está ao lado, ou mesmo conversar naturalmente à mesa com que está sentado no lado em que a audição foi perdida.

Vibrações no crânio

Um novo implante, que está sendo testado por médicos da Universidade de Loyola, nos Estados Unidos, resolve este problema. Ele captura as ondas sonoras que chegam ao ouvido que não funciona mais e as transforma em vibrações que são aplicadas ao crânio.

As vibrações chegam ao ouvido bom, fazendo com que o paciente tenha a sensação de que o som está vindo dos dois lados.

O aparelho foi testado em 60 pacientes, mostrando um incremento de 28% na capacidade de ouvir em ambientes silenciosos, uma redução de 33% nos problemas com ruídos de fundo e uma diminuição de 29% na capacidade de ouvir sons em ambientes com grande reverberação, como igrejas e bibliotecas.

Transformando sons em vibrações

O implante se limita a uma pequena barra de titânio, que é fixada atrás do ouvido que deixou de funcionar. O processador de sons propriamente dito pode ser retirado quando o paciente quiser, para tomar banho ou dormir, por exemplo.

O aparelho, alimentado por baterias, possui um microfone que capta os sons e um microprocessador que transforma esses sons em sinais elétricos. Os sinais elétricos acionam um pequeno transdutor, que faz vibrar o crânio. O paciente não sente as vibrações, mas elas são suficientes para sensibilizar o outro ouvido.

O aparelho, batizado de Baha, ainda é grande e caro, mas os cientistas afirmam ser possível miniaturizá-lo, na medida em que ele ganhe aprovação pelas autoridades de saúde de vários países e possa ser fabricado em massa.

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