Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/09/2011
Háptica vibrante
O nome da nova tecnologia é háptica surround.
Muito além de qualquer console comercial, o conceito usa fenômenos conhecidos como sensações fantasmas e ilusões táteis para literalmente enviar calafrios pela sua espinha.
A háptica surround permite que jogadores de videogames, ou meros espectadores de um filme, sintam uma grande variedade de sensações, que vão da leveza do toque de um dedo até o impacto da colisão de um carro - sem risco de ferimentos.
Desenvolvido em conjunto por pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon e da Disney Research, o primeiro protótipo foi demonstrado durante a SIGGRAPH 2011, realizada no Canadá, incorporada a um jogo de corrida de carros.
Além das cadeiras
Os jogadores sentam-se em uma cadeira repleta de pequenos atuadores vibratórios que permitem que o usuário sinta a aceleração e a frenagem, as imperfeições do terreno, os objetos sendo atirados contra o carro, as derrapagens e até um tranco quando o carro bate.
Seus criadores afirmam que a tecnologia pode ir além das cadeiras.
"Embora somente tenhamos implementado a háptica surround em uma cadeira para jogos até agora, a tecnologia pode facilmente ser incorporada em roupas, luvas, equipamentos esportivos e dispositivos portáteis," garante Ivan Poupyrev, que inventou a tecnologia juntamente com seu colega Ali Israr.
Atuadores virtuais
A chave para o controle das vibrações está no algoritmo que controla o funcionamento dos atuadores vibratórios para criar "atuadores virtuais" dentro de uma matriz de equipamentos reais.
Um atuador virtual pode ser criado entre quaisquer dois atuadores físicos: o usuário tem a ilusão de sentir apenas o atuador virtual.
Dessa forma, os usuários não sentem uma tremedeira geral ou o "tuc-tuc" típico dos equipamentos hápticos, mas movimentos contínuos e discretos, permitindo uma "resolução" suficiente para simular o toque de um dedo.
Os atuadores virtuais representam uma abordagem inovadora para a implementação das chamadas sensações fantasmas, um fenômeno conhecido há mais de 50 anos, mas cujo controle mecânico preciso ainda não é bem compreendido.