Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/12/2007
O dióxido de carbono (CO2) é o grande vilão nesse início de século quando o assunto é a preservação do meio ambiente. Quimicamente, no entanto, ele é uma matéria-prima em potencial - caso ele seja "reenergizado", transformando-se em monóxido de carbono (CO), o gás pode entrar em uma cadeia produtiva e ser convertido em combustível gasoso ou líquido.
Combustão reversa
É isto o que está tentando fazer o professor Rich Diver, dos Laboratórios Sandia, nos Estados Unidos. Utilizando um gigantesco concentrador de energia solar, ele está utilizando a combustão reversa para reenergizar o CO2 e transformá-lo em monóxido de carbono.
O CO poderá ser utilizado para a produção de hidrogênio ou servir como um dos elementos no processo de fabricação de combustíveis líquidos, como o metanol ou até mesmo a gasolina ou o óleo diesel.
Forno solar
O enorme forno solar quebra as ligações carbono-oxigênio no dióxido de carbono e gera monóxido de carbono e oxigênio puro. A idéia original do reator era quebrar a água em hidrogênio e oxigênio, para utilização do hidrogênio como combustível.
Logo, porém, os pesquisadores viram que seu invento era mais versátil do que eles pensaram inicialmente.
Reciclagem do CO2
Os cientistas sabem há muito tempo que é teoricamente possível reciclar o dióxido de carbono. A questão é tornar essa possibilidade uma realidade prática, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico. É como fazer isto que o reator solar está ajudando os pesquisadores a descobrir.
Embora promissora, a tecnologia está no primeiro estágio de pesquisas. Diver acredita que ela demore ainda de 15 a 20 anos para chegar ao mercado, devido às questões técnicas que ainda precisam ser resolvidas e, principalmente, à viabiliade econômica - o funcionamento do protótipo não é contínuo, processando pequenos volumes de cada vez.