Com informações da BBC - 22/11/2013
Novas análises confirmaram que a explosão cósmica que provocou a morte de uma estrela, detectada em Maio deste ano, foi mesmo a mais forte já observada.
A explosão da estrela, que teria durado menos de um minuto, foi captada pelos telescópios espaciais Swift e Fermi.
A estrela tinha uma massa de 20 a 30 vezes superior à do Sol, e está muito distante de nós - a luz da explosão demorou quatro bilhões de anos para chegar à Terra.
"Esses acontecimentos podem ocorrer em qualquer galáxia a qualquer tempo. Mas não temos nenhuma forma de prever isso," disse o astrônomo Paul O'Brien, da Universidade de Leicester, no Reino Unido.
Nada menos do que quatro artigos científicos analisando o fenômeno, submetidos por equipes diferentes, foram publicados ontem semana na revista Science.
Implosão estelar
Ao ficar sem combustível, a estrela implodiu, sendo engolida pelo buraco negro resultante, o que liberou a energia na forma de uma explosão de raios gama, catalogada como GRB 130427A.
Uma onda de choque teria feito com que a estrela se expandisse, criando outro acontecimento visual, conhecido como supernova.
"Podemos ver a luz se apagando - o final dos dois acontecimentos - por semanas ou até mesmo meses," disse O'Brien.
Riscos para a Terra
Apesar da dimensão da explosão, a radiação não traz qualquer tipo de perigo. A energia não seria capaz de atravessar a atmosfera da Terra com intensidade suficiente para fazer mal.
Mas, caso a explosão tivesse acontecido muito mais perto, a uma distância de mil anos-luz, por exemplo, a radiação poderia danificar a camada de ozônio, com consequências para a vida na Terra.
"A previsão é que deve ocorrer uma explosão de raios gama perto da Terra a ponto de nos colocar em perigo a cada 500 milhões de anos", estima O'Brien.
"Em algum momento na história da Terra, nós provavelmente fomos atingidos por radiação de uma explosão de raios gama, e isso vai voltar a acontecer em algum ponto no futuro. Mas as chances de isso acontecer durante o período em que estamos vivos agora são muito pequenas."