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Evento discutirá estratégia para próxima década do telescópio Soar

Com informações do LNA - 16/02/2017

Evento discutirá estratégia para próxima década do telescópio Soar
Telescópio Soar, nos Andes chilenos, tem 30% de participação brasileira.
[Imagem: LNA]

Reavaliação

Instalado nos Andes chilenos, a 2,7 mil metros de altitude em relação ao nível do mar, o Telescópio de Pesquisa Astrofísica do Sul (Soar, na sigla em inglês) preencheu uma importante lacuna na astronomia brasileira.

Com um espelho principal de 4,1 metros de abertura, o observatório foi projetado para produzir imagens de alta qualidade. "Melhor do que a de qualquer outro instrumento no mundo em sua categoria", afirma o diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica, Bruno Castilho, citando a tecnologia e as condições de céu escuro e baixa cobertura de nuvens oferecidas pela montanha de Cerro Pachón.

De fato, em determinados aspectos, o SOAR pode fazer imagens mais nítidas que as do Hubble.

Completando 10 anos de operação, chegou a hora de reavaliar o instrumento e como ele será utilizado na próxima década. "Esperamos que a comunidade brasileira usuária participe ativamente das discussões, para opinar sobre que rumo científico deseja para o observatório no novo período", disse Castilho.

Evento SOAR

Para organizar as discussões, o LNA promoverá, entre 13 e 15 de março, o Workshop on Soar Science 2020.

A oficina ocorrerá simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos, com os pesquisadores conectados por teleconferência - o Brasil tem 30% de participação no telescópio.

A programação inclui palestras e espaço para comunicações orais, pôsteres e discussões. O LNA organiza o evento ao lado da Universidade da Carolina do Norte (UNC) em Chapel Hill e da Universidade Estadual de Michigan (MSU).

Telescópio SOAR

O diretor do LNA descreve o Soar como um telescópio "de porte intermediário, extremamente versátil, rápido, de óptica soberba e localizado em local privilegiado" - em Cerro Pachón, nos Andes chilenos. São cerca de 10 equipamentos acoplados, por meio dos quais o sistema coleta dados nas faixas da luz visível e do infravermelho.

O telescópio custou US$ 30 milhões - cerca de R$ 100 milhões - e recebeu financiamento de um consórcio formado pelo Observatório Nacional de Astronomia Óptica dos EUA (Noao), ao lado da UNC e da MSU; e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia por meio do CNPq.

Dono de 30% de participação no Soar, o Brasil tem cerca de 120 usuários, de instituições, dentre universidades e institutos de pesquisa. Para a pesquisa astronômica brasileira, os resultados do Soar têm preenchido lacunas entre os dados obtidos pelo Observatório do Pico dos Dias (OPD), localizado no município de Brazópolis (MG) e de outros consórcios internacionais acessíveis ao país, como o Telescópio Canadá-França-Havaí (CFHT), no arquipélago norte-americano; e os observatórios Gemini, instalados em dois dos melhores sítios astronômicos do planeta - um na Cordilheira dos Andes, no Chile, e o outro no Havaí, nos EUA.

Empresas brasileiras participaram tanto da construção do domo do Soar - com 66 metros de diâmetro e capaz de suportar uma estrutura de 70 toneladas -, como da produção de instrumentos do telescópio. Em 2016, o país entregou ao consórcio o primeiro espectrógrafo de alta resolução montado em seu território, chamado Steles (Soar Telescope Èchelle Spectrograph). Formado por 5 mil peças, o equipamento aperfeiçoa estudos astronômicos, ao permitir uma medida mais precisa da matéria que compõe os objetos celestes.

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