Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/12/2013
Aceleração com luz
Físicos do Instituto Max Planck, na Alemanha, conseguiram acelerar elétrons diretamente usando uma onda de luz.
Se partículas eletricamente carregadas podem ser aceleradas com luz, isso abre o caminho para a construção de aceleradores de partículas muito mais compactos do que os atuais.
Nos aceleradores atuais, as partículas são aceleradas por micro-ondas. Recentemente, um grupo norte-americano construiu um acelerador de elétrons menor que um grão de arroz, mas que ainda depende da etapa inicial de micro-ondas.
Para construir aceleradores de partículas mais compactos, o campo elétrico de condução das partículas tem que ser reforçado.
O problema é o material de que são feitos os aceleradores atuais: um metal.
As superfícies metálicas podem ser danificadas quando o campo elétrico é forte demais, limitando a energia que pode ser transferida para a partícula a cada metro do trajeto - a saída é fazer um acelerador bem grande.
Os pesquisadores alemães usaram um material não condutor, o vidro, que pode suportar campos elétricos 100 vezes mais intensos do que os metais, desde que a fonte do campo elétrico seja a luz.
John Breuer e Peter Hommelhoff obtiveram uma força de aceleração tão forte quanto a alcançada nos aceleradores de partículas convencionais.
E uma característica única do seu dispositivo é que ele é modular, podendo ser expandido para um sistema multinível, capaz de acelerar partículas a velocidades cerca de 100 vezes mais rápidas do que os sistemas atuais.
E isso vale não apenas para elétrons, mas também para íons e prótons.
Em um cálculo rápido, os pesquisadores estimam que isso resultará em aceleradores com 10 metros de diâmetro e custando uma fração dos atuais.