Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/05/2008
Um grupo de cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém afirmou ter descoberto o elemento químico mais pesado já encontrado. O que surpreende na descoberta é que o elemento foi localizado em um composto que ocorre naturalmente, e não sintetizado em laboratório, como ocorre com os elementos com peso atômico acima de 95.
Elemento superpesado
Segundo os cientistas, o novo elemento teria uma massa atômica igual a 292, o que o colocaria como o elemento 122. Embora já existam solicitações de avaliação da descoberta de elementos até o número 118, oficialmente a tabela periódica contém 111 elementos, sendo o mais pesado o roentgênio. O órgão internacional responsável pela homologação das descobertas é a IUPAC.
Meia-vida
Os elementos sintetizados em laboratório têm meia-vida muita curta, de frações de segundo. Mas a equipe do Dr. Amnon Marinov afirma que o pretenso elemento 122 teria uma meia-vida de 100 milhões de anos. Os cientistas acreditam que haja uma "ilha de estabilidade" ao redor de isótopos contendo 184 nêutrons, mas nenhum foi descoberto até hoje.
A descoberta
A descoberta foi feita quando os cientistas analisavam uma amostra de tório (elemento 90), que tem uma massa atômica próxima a 232. Mas, ao analisar a amostra com um espectrômetro de massa atômica, os cientistas obtiveram várias leituras com valores acima de 292.
Isto caracterizaria o novo elemento como mais pesado do que qualquer outro átomo conhecido. Pelos cálculos dos cientistas, o novo elemento poderia ocupar a posição 122 na tabela periódica, caso ele conte com 170 nêutrons. Mas, também provável, é que ele tenha 168 nêutrons, o que o tornaria o elemento 124.
Críticas
O estudo acaba de ser publicado, e vários cientistas já se pronunciaram céticos sobre a nova descoberta. As discussões, a repetição dos experimentos e a eventual homologação do novo elemento superpesado deverão levar não menos do que uma década.