Com informações da New Scientist - 23/04/2014
Quando tudo parecia perdido em termos de privacidade e segurança da informação, a Nokia anunciou uma solução que permite incluir nos telefones celulares o que há de mais seguro na codificação de dados: a criptografia quântica.
Engenheiros da empresa, em colaboração com pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, criaram o primeiro dispositivo de criptografia quântica de bolso.
O objetivo é permitir que os usuários enviem mensagens completamente seguras.
Ao menos por enquanto a conexão não poderá ser totalmente sem fios - será necessário conectar o celular a uma espécie de "cabine telefônica quântica", por meio de uma conexão de fibra óptica.
Chaves públicas
As transações seguras pela internet usam a criptografia de chave pública, que é muito boa, mas pode ser quebrada por um intruso poderoso o suficiente.
Já uma chave quântica, que não pode ser duplicada sem que se destrua a original, pode gerar códigos virtualmente inquebráveis.
Até agora, no entanto, apenas bancos e grandes empresas podem pagar pelo grande e caro equipamento necessário para isso.
Criptografia quântica portátil
Para democratizar a criptografia quântica, a equipe do professor Anthony Laing dividiu o sistema tradicional de codificação quântica em dois.
A parte volumosa ficará em um "servidor", que teria o tamanho de uma caixa de cerveja, contendo os componentes maiores, como um laser e um gerador de fótons individuais.
O servidor envia fótons através de um cabo de fibra óptica para o dispositivo menor, que pode ser incorporado em um telefone celular.
O dispositivo portátil inclui um guia de onda que altera o estado dos fótons que o atravessam, criptografando a mensagem. Em seguida, ele devolve os fótons alterados para o cabo de fibra óptica, que os leva de volta para o servidor.
A Nokia já patenteou a tecnologia, mas ainda não anunciou quando ela será transformada em um produto ou incorporada em um celular.
Já existe pelo menos um sistema de criptografia quântica portátil no mercado, embora sem tanta flexibilidade quanto um sistema incorporado em um celular.