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Espaço

Primeira caixa-preta espacial sobrevive à reentrada na atmosfera

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/04/2011

Caixa-preta espacial sobrevive à reentrada na atmosfera
A caixa preta espacial estava a bordo da nave não-tripulada HTV-2, lançada pela agência espacial japonesa em Janeiro.
[Imagem: NASA]

A primeira caixa-preta projetada para equipar naves espaciais sobreviveu bem à reentrada na atmosfera e enviou todos os dados coletados e sinais de sua localização para a base.

Caixa-preta espacial

O nome técnico da caixa-preta espacial é REBR (Reentry Breakup Recorder).

Ela tem 30 centímetros de diâmetro, pesa cerca de um quilograma e, ao contrário das caixas-pretas de aviões, que têm cor laranja, esta é realmente preta.

Também chamada de "mini nave espacial", a caixa-preta espacial coleta dados de temperatura, aceleração e rotação, além de dados específicos para cada nave que esteja reentrando na atmosfera.

A caixa-preta espacial estava a bordo da nave não-tripulada HTV-2, lançada pela agência espacial japonesa em Janeiro.

A HTV-2 era uma nave de carga, capaz de navegar automaticamente até a Estação Espacial Internacional. Depois de descarregada, ela foi transformada em um depósito de lixo e queimou na reentrada na atmosfera.

Sobrevivência

O pequeno módulo "ligou para casa" por meio da rede de satélites Iridium e transmitiu todos os dados durante a queda, continuando a fazê-lo mesmo depois depois mergulhar no sul do Oceano Pacífico.

Caixa-preta espacial sobrevive à reentrada na atmosfera
Também chamada de "mini nave espacial", a caixa preta espacial coleta dados de temperatura, aceleração e rotação, além de dados específicos para cada nave que esteja reentrando na atmosfera.
[Imagem: Aerospace Corp.]

"Ela funcionou maravilhosamente," disse o Dr. Bill Ailor, chefe da equipe que desenvolveu o REBR. "Os dados que recebemos são absolutamente únicos e vão dar informações inéditas sobre como os satélites e estágios de lançamento são destruídos durante a reentrada."

Embora não tenha sido projetado para suportar um impacto direto com a água - o objetivo primário é transmitir dados antes da queda propriamente dita - o REBR permaneceu intacto e continuou a transmitir dados por horas, desde as profundezas do Oceano Pacífico, entre o Chile e Nova Zelândia.

A análise completa dos dados levará de seis a oito semanas. Esses dados poderão ajudar os engenheiros a projetar naves mais seguras.

Naves mais seguras

O ônibus espacial Colúmbia foi destruído durante sua reentrada, em 2003. As investigações tiveram que se basear principalmente em simulações, devido à falta de dados concretos da nave.

Um segundo REBR irá reentrar na atmosfera no início de Junho, quando a nave não- tripulada europeia Johannes Kepler, ou ATV-2, também irá se queimar, cheia de lixo da Estação Espacial.

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