Com informações da Agência Brasil - 10/09/2013
Foi preciso que a presidente da República fosse espionada para que o Brasil decidisse levar a sério o controle dos satélites de comunicações.
Ainda não é uma declaração de que o país terá um programa espacial digno do nome, mas o governo anunciou que os planos incluem lançar três satélites geoestacionários para uso militar e de comunicação estratégica.
Mas nem tudo é urgente, ao que parece: os três satélites serão lançados ao longo dos próximos 13 anos.
Como um satélite de comunicações tem uma vida útil de 15 anos, um quarto satélite será lançado para substituir o primeiro, que já estará próximo de se tornar obsoleto quando o plano for completado.
O primeiro satélite geoestacionário brasileiro será construído pela Thales Alenia e lançado pela Arianespace, ambas empresas estrangeiras.
Tanto a construção quanto o lançamento serão gerenciados pela empresa nacional Visiona, uma joint venture entre a Embraer (que detém 51%) e a estatal Telebras (com 49%).
Depois de lançado, o satélite será operado pela Telebras, que ficará encarregada do sistema civil (em Banda Ka), e pelo Ministério da Defesa, que será o responsável pelo sistema militar (em Banda X).
Para aumentar a segurança da operação do satélite, as duas estações de controle dos equipamentos, a principal e a reserva, ficarão localizadas dentro de instalações militares no Brasil.
O novo satélite terá três faixas de cobertura: uma nacional, uma regional (que vai cobrir praticamente todo o Oceano Atlântico, parte do Oceano Pacífico e as Américas do Sul e Central) e uma terceira móvel.