Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/01/2016
Proteínas bioluminescentes
Engenheiros da Alemanha e da Espanha criaram um BioLED híbrido, sintetizando proteínas luminescentes na forma de uma borracha e juntando-as a um LED comum.
Uma vantagem surpreendente em relação aos LEDs inorgânicos tradicionais é que o bioLED já nasce emitindo luz branca pura, de alta qualidade, formada por iguais porções de camadas de borrachas azuis, verdes e vermelhas.
Outra vantagem é que o material é muito mais barato do que os LEDs semicondutores, normalmente fabricados a partir de elementos raros e caros, como cério e ítrio - um material conhecido como YAG:Ce, ou granada de alumínio-ítrio dopada com cério.
A técnica consiste em introduzir proteínas luminescentes de cada cor em uma matriz polimérica, formando uma borracha emissora de luz, que então pode ser montada sobre um LED comum para formar o bioLED.
LED híbrido
Ocorre que as proteínas bioluminescentes são passivas, ou seja, o bioLED ainda depende de um LED comum para "excitá-las".
Qual seria então a vantagem?
Segundo a equipe, a vantagem é que os bioLEDs emitem luz branca pura a partir de um LED comum azul ou ultravioleta, ambos muito mais baratos do que um LED branco tradicional. E a luz branca emitida é muito superior em qualidade do que a luz emitida por um LED branco inorgânico.
"É sempre necessário ter um LED ou azul ou ultravioleta para excitar as borrachas, que são colocadas sobre esse LED para torná-lo branco. Em outras palavras, nós podemos combinar um LED azul com borrachas verdes e vermelhas, ou um LED ultravioleta com borrachas azuis, verdes e vermelhas," explica Rubén Costa, da Universidade de Erlangen-Nurembergue.
Segundo os pesquisadores, as proteínas usadas no bioLED "mantiveram suas propriedades bioluminescentes intactas durante meses de armazenamento sob diferentes condições ambientais de luz, temperatura e umidade".