Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/05/2004
Humanos são criaturas sociais, mas robôs não. Mas eles devem agir como um time, principalmente quando se espera que eles auxiliem em tarefas como a avaliação e o levantamento de locais afetados por desastres naturais. Para isso, pesquisadores de três Universidades norte-americanas se juntaram para escrever um roteiro que permitirá que robôs trabalhem em conjunto.
Liderados por Nikos Papanikolopoulos, pesquisadores das Universidades Minnesota, Pennsylvania e Caltech estão criando um programa de computador que irá permitir que pequenos robôs coordenem suas ações e completem tarefas complexas acionadas a partir de comandos de um operador humano.
"Há grandes desafios devido às restrições de tamanho e desempenho dos próprios robôs," explica Papanikolopoulos.
Para se tornarem uma ferramenta útil em locais de acidentes, equipes de robôs necessitam de um programa que permita o sensoriamento colaborativo, a exploração e o mapeamento distribuído e até mesmo a auto-coordenação do robôs sem a necessidade de um operador humano. Além de permitir que a equipe de robôs comunique os resultados de seu trabalho de forma coordenada às equipes humanas de resgate.
Os robôs experimentais, batizados de Scout (exploradores) são dotados de sistemas de visão e sensores tão avançados que permitem que os cientistas falem em "percepção robótica". Eles possuem uma câmera de vídeo, dois sensores óticos e um sensor piroelétrico, para a detecção do calor do corpo humano, além de um sistema de controle remoto de mão dupla.
Tudo isto em um cilindro de 10 centímetros de comprimento por 3,5 de diâmetro. E são tão robustos que continuam funcionando mesmo após caírem de uma altura de 30 metros.
Já o robô-coordenador, batizado de MegaScout, mede 30 centímetros de altura e possui um braço robótico capaz de abrir portas e até carregar os Scout.