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Espaço

Plutão tem duas novas luas: Nix e Hidra

Agência FAPESP - 28/06/2006

Plutão tem duas novas luas  Nix e Hidra

As duas novas luas de Plutão, descobertas no ano passado com ajuda do telescópio espacial Hubble, agora têm nomes. Na semana passada, a União Astronômica Internacional decidiu que os satélites do distante planeta passassem a ser conhecidos como Nix e Hidra.

As luas, até então chamadas de S/2005 P2 e S/2005 P1, estão quase três vezes mais distantes de Plutão do que Caronte, o maior satélite do planeta, descoberto em 1978.

Na mitologia grega, Nix é a deusa da noite. Um de seus muitos filhos é Caronte, o barqueiro que transporta mortos pelo rio Estige (Styx) até suas vidas após a morte, no reino sombrio de Hades (Plutão para os romanos). Originalmente o nome escolhido havia sido Nyx, mas como esse já era usado pelo asteróide 3908, foi alterado para o equivalente egípcio Nix.

A também mitológica Hidra de Lerna é uma serpente de diversas cabeças, corpo de dragão e hálito venenoso. Habitava a entrada do reino onde vivia Plutão e sua esposa Perséfone. A Hidra foi derrotada por Hércules em um dos 12 trabalhos.

Os nomes foram escolhidos em uma lista com mais de 20 candidatos. "Vamos ouvir muito sobre elas nos próximos anos", disse um dos líderes da equipe responsável pela descoberta, Alan Stern, do Instituto de Pesquisas Southwest, nos Estados Unidos.

O motivo é a sonda New Horizons, lançada no início do ano e prevista para chegar às proximidades de Plutão em 2015, quando "cada lua deverá ser mapeada em detalhes", segundo Stern.

A missão é um dos motivos que pesaram na escolha do nome. As iniciais N e H, de New Horizons ("novos horizontes", em inglês), são as mesmas de Nix e Hidra. O H também homenageia o telescópio Hubble. Tais referências são comuns na astronomia. O próprio nome Plutão começa com P e L, de Percival Lowell, astrônomo norte-americano que inaugurou a busca que levou à descoberta do mais remoto planeta do Sistema Solar, em 1930.

Sedna

Se dar nomes às luas foi fácil, a missão da União Astronômica Internacional para os próximos meses está longe disso. A entidade terá que decidir se Plutão deve continuar a ser reconhecido como planeta.

A descoberta de Sedna (também chamado de 2003 UB313), anunciada no ano passado, colocou mais lenha na fogueira. Por ser maior do que Plutão, o corpo celeste teria que ser também um planeta, e não um simples objeto transnetuniano. Com tudo isso, o Sistema Solar em breve pode passar a ter oito ou dez planetas.

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